A homenagem

Hoje faz um mês que a Gostosura se foi.
Sempre amei tatuagens.
Ela detestava.
Lembro-me que há mais de 10 anos quando fiz a minha tatuagem da perna, e fui lhe mostrar, mamãe ficou muito, muito chateada.
Pois, como ela me disse na época, uma só já bastava, porque é que fui fazer mais uma!!!
Alguns anos já se passaram, entre a primeira e a sexta.
Todas elas tem um significado muito particular para mim, mas com certeza a ultima tem um sentido ainda maior.
Sou uma pessoa que procura entender nas entrelinhas do dia a dia o significado da vida, dos sentimentos e sentidos.
E não poderia ser diferente com a partida da mamãe.
Quando as borboletas azuis se aproximaram de mim, eu sabia que elas queria dizer alguma coisa.
 E não estava errada, elas queriam me dizer, que Mamãe estava com o ciclo dessa evolução completado. Estava deixando de ser crisália para voltar à Casa do Pai Maior.
Estava se desprendendo dessa matéria para evoluir para um mundo melhor.
E dessa forma, para mim está sendo diferente o entendimento de sua partida.
Para mim, o azul é a cor da espiritualidade,  a cor que me traz paz, harmonia e compreensão, e muito me ajudou e ajuda nesse momento de transe tão significativo.
Então, nada melhor, que fazer um bela tatuagem para lhe prestar essa homenagem.
Fiz em um dia chuvoso, com o pensamento totalmente voltado para ela.
Agora tenho impresso em meu corpo minha mãe à minha forma.
Virou minha borboleta presente, minha comprovação da espiritualidade e o laço entre os mundos.
Mamãe sempre estará comigo.
(Ah, ainda não tirei foto, mas logo a postarei aqui).
Obrigado por tudo...

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